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Coronavírus e os Condomínios

Coronavírus e os Condomínios

Apesar do acompanhamento diário da mídia sobre os números de infectados e casos suspeitos do vírus, não há razão para pânico, por enquanto. 

O que causou desconforto para muita gente, principalmente para quem mora em prédio e divide áreas comuns como elevadores, por exemplo, foi a chamada quarentena domiciliar, que é o protocolo seguido pelos dois infectados pelo Covid-19, o nome oficial do coronavírus.

“Os vizinhos devem entender que, se a pessoa está em casa, é porque ela não precisa de cuidados hospitalares, mas está sendo acompanhada”, explica o médico infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Jacyr Pasternak.

Esse também é o entendimento do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), do Grupo Santa Joana: “Estar em casa, com ambiente arejado e em ‘isolamento’ é a indicação dos infectologistas para os casos que não apresentam critérios de internação. Pessoas que não têm contato prolongado com a pessoa infectada, têm menor risco de adquirirem a doença.”

A privacidade do doente
Não há, hoje, nenhum dispositivo legal que obrigue quem está infectado pelo vírus a avisar seus vizinhos. “É uma forma de realmente proteger a privacidade de quem está doente”, explica o advogado especializado em condomínios Marcio Spimpolo. 

Na quarentena domiciliar, a pessoa fica 14 dias em casa, sendo monitorada à distância. Caso apresente alguma alteração no seu quadro, deve ir ao hospital e estar sempre em contato com seus médicos. 

“Mesmo a pessoa não sendo obrigada, nós pedimos para quem puder e se sentir à vontade, para informar ao síndico. É só uma forma de ajudar o condomínio a manter as áreas comuns mais seguras”, aponta o síndico profissional Nilton Savieto. 

Com essa informação em mãos, o síndico pode avisar sobre uma pessoa doente no condomínio, mas não a sua identidade. Ele deve apenas tomar todas as precauções necessárias de higienização e limpeza do condomínio para evitar que o vírus se espalhe.

“O que sabemos sobre o Covid-19 ainda é muito novo. Os estudos que temos até o momento descrevem uma permanência do vírus de até nove dias. Isto é, caso não seja removido através de limpeza. Por isso, o importante é intensificar as medidas de higiene e limpeza dos locais com grande circulação de pessoas”, aponta o SCIH, do Grupo Santa Joana.

Ou seja: o vírus pode sobreviver por até nove dias em superfícies diversas. A limpeza desses locais pode ser feita com álcool, alvejante, ou produtos com hipoclorito de sódio. O SCIH esclarece ainda que, após qualquer caso confirmado, a vigilância Epidemiológica de São Paulo entrará em contato e fornecerá as orientações pertinentes aos contatos próximos.

O que o condomínio deve fazer
Muitas administradoras já informaram seus clientes acerca dos cuidados a serem tomados. “Elaboramos um material baseado em uma circular do Hospital Israelita Albert Einstein e o enviamos para os clientes que solicitaram informações”, explica a gerente de marketing da administradora Lello, Angélica Arbex. 

A Lar.app elaborou um vídeo com as informações básicas para os seus clientes. “Não precisa haver polêmica entre os moradores. Em um momento como esse, a convivência deve ser preservada”, pondera Tatiana Vecchi, responsável pelo marketing da administradora Lar.app.

Os próprios síndicos podem tomar medidas simples:

• cartazes de comunicação para os moradores (baixe um modelo de comunicado no site da SindicoNet)
• oferecer um dispênser com álcool em gel perto dos elevadores em andares como garagens e térreo
• conversar com os colaboradores sobre medidas de higiene 

“Reforçar sobre a importância das mãos bem lavadas, por exemplo, já ajuda bastante. Não só contra o coronavírus, mas diversos tipos de doenças”, assinala o síndico profissional Nilton Savieto.

Manter sempre sabão e papel em todos os banheiros também é fundamental.

Os locais no condomínio que podem suscitar mais medo de uma possível infecção são os de grande circulação de pessoas e mais fechados, como os elevadores.

Vale apostar em uma limpeza mais frequente dos locais, assim como o percurso de chegada da maioria das pessoas: corrimãos e superfícies desde a entrada do condomínio até a chegada à unidade.

“Imaginando que o condomínio contasse com uma pessoa que pudesse estar infectada, a limpeza desse elevador deve ser feita de forma cuidadosa. Para fazer seu trabalho com segurança, o funcionário deve usar luva, máscara e óculos”, ensina o médico infectologista Jacyr Pasternak.

Isso porque a contaminação se dá através do contato das gotículas de tosse ou espirro com olhos, nariz ou boca. Se em uma situação hipotética em que alguém infectado passou pelo elevador, espirrou e o funcionário, por uma desatenção, ao limpar o ambiente, tocar o rosto com as mãos, o mesmo poderá ser infectado.

É importante ressaltar que essa situação ainda não é a realidade brasileira no tocante ao coronavírus. Aqui ainda não há circulação do vírus pela população, apenas pessoas que foram infectadas em outros locais e que estão sendo tratadas e monitoradas pelo Ministério da Saúde.

Fique atento aos sintomas do coronavírus
Os sintomas do coronavírus são bastante similares aos de uma gripe comum:

• tosse
• febre
• mal estar
• dores no corpo
• dor de garganta etc.

“Se você não viajou para os países como China, Japão ou Itália, por exemplo, e não teve contato com pessoas que viajaram há pouco tempo para esses locais, e apresentar esses sintomas, o provável é que esteja com uma gripe comum”, assinala o infectologista Jacyr Pasternak.

Por isso, aproveite para se vacinar contra a gripe. Devido ao coronavírus, o Ministério da Saúde adiantou o calendário de vacinação deste ano, de forma a minimizar os danos das gripes comuns.

Caso tenha mais dúvidas converse com o seu síndico ou sua administradora de condomínios, que com certeza poderão tirar suas dúvidas e chegar a uma solução.

 

Fonte: SindicoNet

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Postado 05 Mar, 2020